Quem é de Campinas já ouvir falar de Maria Jandira dos Santos ou mesmo já visitou seu túmulo no Cemitério da Saudade.
Nascida em 8 de maio de 1911, segundo conta a tradição oral, Maria Jandira foi abandonada pela família e acabou trabalhando como prostituta.
No ano de 1934, Maria Jandira atentou contra sua vida na pensão onde morava, à Rua Visconde do Rio Branco, região central de Campinas.
Foi socorrida e levada à Santa Casa, vindo a falecer no dia 24 de agosto, aos 23 anos.
Com o passar dos anos, sobretudo a partir da década de 1950, sua sepultura começou a receber a visita de pessoas que procuravam alcançar alguma graça.
Em seu túmulo, além de muitas flores depositadas, foram afixadas diversas placas de agradecimento.
No acervo do CMU é possível encontrar o processo do inquérito policial aberto pela Delegacia Regional de Polícia de Campinas para investigar o acontecimento que culminou na morte de Maria Jandira dos Santos. O documento integra o grupo Cartório do Juri, do conjunto do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
No processo constam as declarações das testemunhas do caso (Laudelina Alves - proprietária da pensão onde Jandira residia; Benedicto Teixeira de Camargo - apresentado no processo como amante da vítima; Sônia Gonçalves e Annita Müller - companheiras da pensão), o auto de apreensão dos bens encontrados no quarto de Maria Jandira, o auto do exame cadavérico e o relatório final do caso, assinado pelo delegado Francisco de Figueiredo Lyra.


